23 de janeiro de 2008

Em prol das poucas palavras!

Não me venha com palavras
Com opiniões
Lamentações
Não me venha com nada.

A palavra cria
Circula
Projeta
Faz coisas que letra nenhuma faz idéia.

Não me venha com nada
Pára
Pensa
Respira
Seja leve
Viva leve
E a própria leveza exige demais levezas ao redor.

Pratique-a
Ela chega em estalos
É só percebê-los.

Não percebe?
É só começar pela importância
Reeduque-a
É só querer.

De qualquer forma
Não me venha com nada
Pára
Respira.

21 de janeiro de 2008

Canseira!

Percebo
Aquele minuto de vida
Aquele quadro montado
Que a existência cria.

É nesse momento
Que não se entende palavras
Não se distingue sons
Não se enxerga nada.

É nesse momento
Que canso dos sentidos
E os apuro ainda mais
Para viver na brecha
Do sentido nenhum.

Muitas das vezes
Retorno cansada das palavras
Das minhas
De todas
E recorro à elas
Escrevendo-as.