18 de novembro de 2010

coisas boas

Eu queria falar de coisas boas.

Eu queria que meu poema cheirasse a maracujá em forma de brisa,
que despertasse sorriso de criança, que só pretende sorrir.

Não queria que tivesse reflexões sedentas de verdade
e sim a espera, a calma.
Mas também queria a astúcia da sede, para vencer uma batalha,
qualquer que seja.

Eu queria mesmo era falar de coisas boas,
tipo vento, rosa, balões de aniversário num fundo preto e branco.

Eu queria ser o maracujá
e que o vento a meu favor,
não fosse nada,
além da força do destino,
independente do traço,
de quem o traça.

Eu só queria viver coisas boas.
Subir com esses balões coloridos
e descer no alto do Morro das Andorinhas
e depois descer com meus próprios pés.

Eu queria falar da sede, talvez,
mas a espera se fez notar
e eu escrevi com calma e um pouco sedenta da verdade.

14 de outubro de 2010

quintal de casa.

"Uma coisa é você ter vivido, e outra coisa é você refletir sobre o que você viveu."
Ferreira Gullar.