Penetrando lá dentro
Naquele centro de odor húmido
Nua
Para sentir com toda a fragilidade do corpo
Não a delicadeza do orvalho
Mas a brutalidade da chuva forte
Toda em mim
Os seus últimos pingos restantes.
Era o melhor cheiro do mundo
O amarelo mais vivo do mundo
E eu poderia dormir
Mas troquei o sono
Pelo sonho de estar viva
Ali dentro daquele centro
Todo em mim
Mim no todo.
Penso se seria melhor me tocar
Mas permanecer invadida
Amarelada
Já é a melhor decisão
A imobilidade
Nesses casos
É atraente demais.
Ah, você vai sair borboletinha?!
Vai bater suas asinhas e voar?
Tudo bem
Já estava mesmo me sentindo tímida
A boca já se encontrava aberta
E já quase me perderia no meu embaraço.
25 de março de 2009
11 de março de 2009
Rio das pedras!
Loucos somos nós
Me disseram as pedras do rio.
Só elas percebem
O silêncio
A calma
E a leveza de suas águas.
E mesmo as águas de ritmos velozes
Transbordam a limpidez do silêncio total.
É que o silêncio
À que me refiro
É a pureza de todas as coisas
Impuras.
Me disseram as pedras do rio.
Só elas percebem
O silêncio
A calma
E a leveza de suas águas.
E mesmo as águas de ritmos velozes
Transbordam a limpidez do silêncio total.
É que o silêncio
À que me refiro
É a pureza de todas as coisas
Impuras.
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