23 de outubro de 2007

Pensando no homem...

Aquele mesmo fogo
Que eu havia ouvido no carro
Me subiu o pescoço
Horas mais tarde
E me lembrou a dúvida
E a estranheza
Em tantas perguntas...

Depois
Ou antes
A mesma voz da essência
Que saiu dos lábios dela
Foi realizada também
Pela voz de outra ela
Mulher
Donzela
Poeta.

Pura essência
Que passeia no parque das informações
Das distinções
Das ambições
Do lado de lá
Pra lá do lá
De longe.

Segui
Assim como faz o tempo
Pensando no homem
Em suas idéias e desgraças
Tentando entender a graça
Enquanto toda a barbárie
Dançava, dança
Despreocupada.

Ó, meu Brasil
Minha piranha continental
Me fizestes voltar aos tempos de Portugal
Sacudistes o pó de sua terra assustada
Escrava do asfalto, do pisoteio.

Lançastes o fogo
À acender o pavio do meu tempo
Minha reta
Vazia.

Me fizestes lembrar
Assim como lembramos de acordar
Que a alma é doce
De temperatura febril
O que atrai o fogo
À lembrar que a essência
Se manifesta em lábios ou pincéis
Não importando a forma
Nem muito menos a classificação.

E também não se manifesta
Não testa
É
De ser!
Tão vazio
Quanto todo o parque de informações
Que passeava a essência
Tão vazio
Quanto tentar entender o homem.

3 comentários:

Anônimo disse...

Essência que sopra em nossos ouvidos a leve condição que costuramos para o mural do mundo...
Essência desorientada de tão precisa e presente...
Presente no tempo e espaço, presente que apenas alguns sentem!
TE AMO E OBRIGADA POR CADA MOMENTO PARTILHADO!

Anônimo disse...

...

JIBL disse...

tati, muito loko! Maneiro mesmo!
enquanto o meu é uma mulherzinha o seu é todo responsa! Maneiro! rs
beijos!