12 de julho de 2007

O Passo!

Que lentidão foi essa
Que te prendeu no saber
Que te impediu de fazer?

Que preguiça foi essa
De preferir não fazer
Não sentir prazer
Lamentar o que nem soube entender?

Que coragem foi essa
De não fazer
Qualquer coisa que desse prazer
Qualquer coisa que lembre amar?

Que vontade é essa
De parar agora
Apagar a tinta
Deletar o verso
Chorar até precisar parar?
Mentira!
Não estou com vontade de chorar.

Mas que vontade é essa
De mentir
Dizer qualquer coisa
Fingir para si
Colocar um fim?
Num marasmo incessante
Nos passos que não andam
Vagam...

Tá, eu gosto de vagar
Ou gosto de dizer que gosto
Porque talvez eu não saiba nem seguir os passos das vagas caminhadas
Que mais do que sem rumo
Não saem do mesmo ponto.

Mas me dêem um tempo
Me dou um tempo
Mais um tempo
Como se não bastasse todo o tempo que abracei.

Tá, eu gosto de tempo
De lentidão
Mas agora não
Agora gosto de dizer que não gosto mais.

Eu quero andar
Mesmo que sem pressa
Para que lá na frente
Em qualquer frente
Em qualquer tempo
Que seja logo
Eu saiba que fiz
E saiba que sabia o tempo todo o que estava fazendo.

E que é muito bom colher o que se planta
Plantar o que se sabe que quer plantar
E que é muito bom vagar
Passos curtos ou largos.

Nessa mesma frente
Quero gozar os passos sábios
Que não procuraram chão
Que improvisaram ao som de uma canção
E que foi lindo
Só por passos haverem dado.

5 comentários:

Lucas Nicolato disse...

só pra deixar um oi.
beijos,
Lucas

Anônimo disse...

Sem comentários...

Anônimo disse...

Fezes ou vômitos?
Mentira ou não..."essa" é só sua!

Anônimo disse...

Cade a inspiracao...
Te amo!

Anônimo disse...

...é verdade, é muito bom colher o q se planta..hi hi
mas falando um pouco mais sério :
quando há deslocamento, há o tempo...
tempo é presente...
o tempo existe sem nós.


saravá